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Mostrando postagens de maio, 2011

Nossa Vidas- 10º Parte ( Pris Jardim)

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                 - Senhora Carla?                     _  Sim sou eu.       _Eu sou empregado do senhor Rodolfo, ele me pediu pra vir buscar as crianças e lhe entregar esse bilhete. Peguei a carta, minha mão tremia muito, mas abri o bilhete e li:        - Meu amor, mande as crianças pelo José, em breve vou mandar buscar-lhe também, e assim que der vou lhe ver.        - Me desculpe pela demora, mas meu pai está muito doente. Eu lia aquilo e não acreditava no que eu estava lendo, finalmente nossas vidas voltariam ao normal. Mandei as crianças e fiquei esperando o dia de me juntar a eles. Algumas semanas se passaram, e a cada dia meu coração me dizia que ele nunca mais voltaria, mas conservava a esperança que um dia Rodolfo voltaria para me buscar. Numa tarde fria de inverno parou uma carruagem em minha porta, eu me levantei do sofá, onde estava tomando um chá para tentar me esquentar, quando bateram à porta. Meu coração disparou, pensei- Meu amor veio me buscar. -       Senhora Carla, boa

Nossa Vidas- 9º Parte ( Pris Jardim)

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- Se tiver alguém aqui que possa impedir que esse casal se case que fale agora ou se cale para sempre. -Eu tenho padre- Todos olharam para Silas- Ele não ama essa mulher ele ama a irmã dela. O chão sumiu debaixo dos meus pés, Rodolfo me olhou e nossos olhares então falaram por nós, sem dizer palavra, Rodolfo saiu do altar e veio em minha direção, me pegou pelo braço e saímos os dois correndo dali. No fundo ouvíamos as pessoas gritando,xingando , choros, mas naquele momento não pensei em ninguém, só em mim. Já havia perdido muito tempo da minha vida pensando nos outros e agora que tinha meu amor ao meu lado o mundo podia acabar que eu não iria ligar. Fugimos dali para um sítio que Rodolfo tinha herdado de um tio seu no interior de São Paulo. Por alguns dias foi mágico, ninguém tinha vindo atrás de nós até que um dia batem a porta quando eu abri quase morri, era meu pai. -Papai, o que faz aqui? -Você ainda pergunta sua desavergonhada. -Por favor papai, não fale assim comigo. Ele entrou

Nossa Vidas- 8º Parte ( Pris Jardim)

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Finalmente cheguei em casa depois de muito tempo, todas essas lembranças me deixaram com mais saudades da minha família. Não sabia como eles estavam e nem tão pouco como me receberiam, mas nada me importava, queria estar com eles. Quando cheguei percebi uma movimentação anormal em casa, Marcelo estava no portão parecia que adivinhara minha chegada. - Carla, o que faz aqui? – Disse meio ressabiado. - Nossa meu irmão, depois de tanto tempo é assim que me recebe? - Desculpe, estou feliz em revê-la é que não sabia de sua volta. - Decidi voltar após o falecimento de nossa tia, não via mais razão de ficar na Itália sozinha e estava morrendo de saudades de todos. Marcelo me deu um abraço gostoso e entramos. Dentro de casa estava um corre corre. - O que está acontecendo e cadê todos? - Hoje é o dia do casamento de Juliana. Aquelas palavras me doeram na alma. - Como hoje, pelas minhas contas já era pra eles terem se casados a um mês. - Juliana ficou muito doente e tiveram que adiar a data. - M

Nossa Vidas- 7º Parte ( Pris Jardim)

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- O que aconteceu com você Carla? - Nada só estou cansada da viagem. - Então porque seus olhos estão vermelhos? Por que você chorou? - Não chorei não. - Sei que você já conhecia Rodolfo e sei que ele veio atrás de você. O que eu não sabia era que você havia se apaixonado por ele. Naquele momento abracei forte meu irmão e chorei. Marcelo então me contou toda a historia e o porque de Rodolfo se interessar por Juliana. - Então ele achou que eu havia brincado com ele? - Como você teve que sair as pressas da casa da vovó e não o avisou, ele achou que você não gostava dele, afinal ele ficou horas te esperando e você não apareceu. - E quando ele veio você não explicou o que havia acontecido? - Expliquei, mas ele não se conformou e Juliana é muito envolvente e acabou por seduzi-lo já que você não voltava. - Isso é injusto eu estava cuidando de nossa avó e não tinha tempo para romances, e como poderia escrever-lhe, sendo que só nos encontramos uma única vez. - Então minha querida, não reclame

Nossa Vidas- 6º Parte ( Pris Jardim)

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Desembarquei no porto de Santos e como não havia ninguém para me levar para casa, peguei uma carruagem de aluguel até minha casa. Estava feliz por voltar e rever minha família. No caminho imaginava ver minha irmã casada e quem sabe já com filhos, assim como Marcelo que já tinha tido o seu primogênito o qual não conhecia, só fiquei sabendo pela ultima carta que receberá junto com noticia do casamento de Juliana que era para breve. Perdida em meus pensamentos me lembrei do dia em que soube que meu grande amor era noivo de minha irmã... Quando cheguei a Santos voltando do Rio de Janeiro com minha irmã para o casamento de Marcelo, fui surpreendida com Rodolfo em minha casa fazendo o pedido de Casamento a Juliana. - Que bom que vocês chegaram, bem na hora do pedido de casamento de Juliana.- Disse meu pai com sorriso largo no rosto. Eu me vi em meio de um turbilhão de sentimentos sem explicação, meu pai foi falando: -Mamãe que coisa boa a senhora, papai e as meninas terem chegado em uma hor

Nossa Vidas- 5º Parte ( Pris Jardim)

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- Ora senhor Paulo não fique assim, o senhor fez aquilo que achou certo fazer, e Oswaldo o ama muito só que trabalha de mais. - Me sinto culpado por isso, mas hoje peço a Deus que Oswaldo veja antes que eu o que ele está perdendo. Meu avô e minha e minha mãe ainda conversaram mais um pouco antes de irmos ver minha avó. Quando entramos no quarto, me senti um pouco incomodada, pois o quarto está soturno, pouca luz, um odor forte de remédios,   minha avó parecia uma morta viva, não me demorei muito no quarto. Com o passar dos dias eu me encarreguei de cuidar dela, abri as janelas deixando a luz do dia entrar, coloquei flores, dava banhos regulares, rezávamos juntas, contava para ela de minhas viagens, e tudo aquilo parece que foi fazendo com que ela se recuperasse. O trabalho era tanto que nem via o tempo passar. Em um final de semana, papai chegou com Juliana e Vanessa para nos visitar e ficou muito feliz por ver minha avó bem. - Minha nossa mamãe, parece um milagre o que aconteceu com

Nossa Vidas- 4º Parte ( Pris Jardim)

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Passava férias na fazenda de minha avó, mãe de minha mãe. Cavalgava lentamente entre as pastagens admirando o por do Sol e já retornava, quando o vi em meio aquela paisagem, meu coração disparou e quase cai. Rodolfo se aproximou de mim para saber se eu estava bem. -Senhorita, você está bem? - Sim Obrigada! -Deixe me apresentar, meu nome é Rodolfo, sou filho do Barão Horácio da fazenda vizinha. -Muito prazer meu nome é Carla, sou neta da Dona Filomena. - Como nunca há vi por aqui? - Venho as vezes visitar a minha avó, moro em Santos, sou filha do senhor Oswaldo, ele é comerciante em Santos. Rodolfo foi me acompanhando de volta a casa grande, no caminho conversamos muito e parecia que eu estava sonhando com aquele homem tão belo e educado. Chegamos e ele se despediu e antes de sair combinamos de nos encontrar no dia seguinte para continuar nossa conversa, mas como o destino é ingrato tive que viajar as pressas para minha casa a mando de meu pai, não pude se quer deixar um recado. Viajei

Nossas Vidas- 3º Parte ( Pris Jardim)

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A viagem de navio foi tranquila, sem tempestades, só algumas chuvas fortes em alto mar. Cheguei na Itália na primavera. Nessa época do ano tem um clima agradavél, nem muito frio nem muito calor. Vivia muito bem com minha tia, para ela a minha chegada foi a glória, pois estava doente e seus filhos não se importavam. Ela era a típica italiana, baixa, corpo robusto, pele clara, cabelos castanhos e olhos esverdeados.    Eu cuidava dela e da casa com muita alegria. Minha vida era boa, a casa de minha tia era confortável, ela ficava em frete a um lago onde todas as tardes íamos ver o por do Sol. Ela me contava como fora sua vida na Itália, me contava sobre meu falecido tio, histórias sobre meus primo, nos entendiamos bem, ela falava um pouco de português e eu entendia um pouco de italiano, no final dava tudo certo, mas sempre me dizia: - Carla minha filha, você é nova porque fica aqui cuidando de uma velha, você deveria ir para cidade e conhecer pessoas. - Tia Carmela, eu amo ficar aqui e c

Nossas Vidas- 2º Parte ( Pris Jardim)

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Roberto, Juliana e eu fomos na carruagem de Rodolfo, enquanto meus pais e Vanessa foram em nossa carruagem, eu queria ter ido com meus pais, mas Vanessa não era querida por Rodolfo então fui com eles. Chegamos ao salão de baile da cidade, era um lugar lindo. A fachada era de um casarão comum lindo jardim na entrada. Lá dentro estava todo enfeitado com rosas e orquídeas em vários tons, a escadaria que dava para o salão, normalmente usado pelas noivas,estava toda enfeitada com flores campestres. Toda a nossa família e da noivo estavam presentes, a festa estava linda, Juliana bailava no salão como uma princesa com seu príncipe, eu os observava de longe quando percebi que mais   uma vez Roberto e Vanessa discutiam. Fui ver o que estava acontecendo e quando me aproximei gelei ao ouvir a discussão. Vanessa quase aos berros dizia que iria contar à todos que eu   amava Rodolfo e era correspondida. Puxei Vanessa pela mão e tirei-a dali e fomos para o jardim; Roberto foi atrás para tentar acalm

Nossas Vidas- 1º Parte ( por Pris Jardim)

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Mini Introdução Essa história se passa no fim do século XIX começo do século XX, nas cidades de Santos- São Paulo e Rio de Janeiro. Carla nossa protagonista vive um amor proibido, com encontros e desencontros. É um romance leve porém... Boa leitura. Nossas Vidas Era tarde de outono em Santos, eu estava sentada perto da janela que dava para orla da praia à sua espera. Estava impaciente,meu coração estava aflito, quando a sua carruagem chegou enfim, mal pude conter a emoção, meu coração quase saiu peito a fora. Ele estava lindo em sua roupa de gala, descendo da carruagem.Ele tinha estatura mediana, corpo forte, olhos castanhos claros e a pele queimada do Sol, era lindo, um Deus grego. Nesse mesmo instante meus três irmãos desceram as escadas discutindo muito, como sempre eu tive que conte-los e meu amor mais uma vez ficou em segundo plano. - Vocês podem parar de brigar, Rodolfo já chegou, papai vai ficar furioso se souber dessa briga. -Você não contaria à ele não é Carla? -Se for pre